1- Como ocorreu a pesquisa para saber se o ozônio pode proteger o coração dos danos no infarto?
A ferroptose é um processo de adoecimento que pode danificar vários órgãos, inclusive o coração.
Ela é desencadeada pela sobrecarga de ferro e pode contribuir para a morte celular e orgânica e pode estar associada a várias doenças como diabetes, câncer, insuficiência renal e degeneração dos neurônios.
2- Como os pesquisadores organizaram a pesquisa?
👉Os pesquisadores dividiram o estudo em dois tipos de testes:
1- Com modelos vivos que seriam os ratos (camundongos c57)
2- Com modelos in vitro - células do coração dos ratos. (cardiomiócitos H9c2)
🙋Para entender melhor a pesquisa científica:
👉Os modelos in vitro são sistemas experimentais usados em pesquisas científicas nos quais:
Os pesquisadores usam células, tecidos ou órgãos para estudar como eles se comportam fora do ambiente do organismo e controlado no laboratório.
Os modelos in vitro são muito usados em pesquisas para:
- investigar processos biológicos,
- testar hipóteses
- compreender como as células funcionam em resposta a diferentes estímulos ou condições.
👉Os modelos in vivo são os experimentos realizados com:
- organismos vivos, como animais de laboratório e tem a finalidade de estudar os fenômenos biológicos.
Ambos tipos de modelos de pesquisa científica são:
👉complementares e muito utilizados na ciência como base em pesquisas e sendo considerados éticos.
3- Porque eles fizeram a pesquisa usando camundongos vivos e células do coração dos camundongos?
Eles fizeram esse experimento com a finalidade de:
- Simular as lesões por isquemia-reperfusão e hipóxia-reoxigenação
- Simular a situação quando ocorre a lesão no coração por excesso de ferro no local que leva a ocorrência de um infarto do miocárdio.
4- Quais os objetivos deles com essa pesquisa?
👉Eles tinham como objetivo entender se o uso da ozonioterapia como um tratamento preventivo da lesão pelo ferro poderia reduzir o impacto de uma lesão do miocárdio.
👉Testando a hipótese tanto no modelo in vitro com as células do coração, como no modelo vivo, que no caso seria no camundongo.
Esse estudo foi muito interessante e necessário porque as pessoas que sofrem de doenças cardíacas isquêmicas, como o infarto do miocárdio podem sofrer com ferroptose, que é a morte celular programada pela lesão ocasionada pelo excesso de ferro local, que acaba causando danos, não só no coração, mas pode lesionar vários órgãos.
5- o que é a ferroptose?
A ferroptose tem sido considerada um tipo de morte celular recentemente descoberto que é diferente de outros tipos de morte celular já conhecidas, como é o caso da apoptose, necrose e autofagia.
A ferroptose depende do ferro e causa acúmulo de peróxidos lipídicos entre as células
A indução de ferroptose ocorre durante a isquemia e reperfusão cardíaca e isso pode agravar a lesão de isquemia e reperfusão cardíaca.
6- Porque eles escolheram testar a ação do ozônio na ferroptose?
É muito importante entender como evitar a ferroptose, pois ela pode ser desenvolvida em várias doenças como diabetes, câncer, insuficiência renal e degeneração dos neurônios.
📢A ferroptose pode agravar potencialmente o dano no coração, pois durante o infarto do miocárdio o fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco é interrompido, devido ao um bloqueio das artérias coronárias e isso desencadeia uma isquemia, que é a falta de oxigênio e nutrientes essenciais para a célula do coração.
📢Um dos grandes desafios da medicina é quando ocorre o socorro ao paciente é necessário restaurar o fluxo sanguíneo por meio de um processo chamado de reperfusão, para voltar a oxigenar o coração, mas essa restauração de fluxo sanguíneo abrupta provoca também estresse oxidativo e isso pode desencadear a ferroptose nas células cardíacas que já estão sofrendo com o estresse devido a isquemia, que é a falta de sangue.
7- O que é isquemia?
A isquemia é a redução de suprimento de sangue oxigenado no coração ou até mesmo em algum órgão ou tecido, resultando na diminuição da oferta de sangue e de nutrientes essenciais para o funcionamento das células do órgão.
A isquemia pode ocorrer devido a uma obstrução parcial ou completa das artérias que fornecem sangue ao tecido e isso pode ocorrer em várias partes do corpo incluindo coração, cérebro, músculos e outros órgãos.
8- Qual a relação da ferroptose com a isquemia cardíaca?
No caso da ferroptose cardíaca o acúmulo de ferro intracelular é uma característica fundamental nas condições de isquemia-reperfusão e ocorre devido a liberação de ferro das proteínas de armazenamento de ferro e consequentemente ocorre o aumento do transporte de ferro nas células.
👂O ferro livre pode então reagir com lípidos, gorduras do corpo, gerando espécies reativas de oxigênio, que são os radicais livres, que podem causar ainda mais danos às células e ao tecido do coração e levar a morte celular por ferroptose que pode desencadear o processo de necrose no miocárdio.
A necrose por ferroptose é chamada de necroptose.
A ferroptose e a necroptose são duas vias distintas de morte celular, mas podem ser interconectadas em certos contextos.
👉O agravamento do infarto do miocárdio por ferroptose pode resultar em danos ainda maiores como a inflamação e subsequente remodelação do tecido cardíaco, o que pode impactar negativamente a função cardíaca a longo prazo.
É muito importante entender esse processo da ferroptose e como se pode evitar a ocorrência desse tipo de lesão no coração para que se tenha mais sucesso no tratamento de lesões no miocárdio, pois o agravamento do infarto do miocárdio causado por ferroptose pode acarretar danos ainda maiores, inflamações mais prejudiciais e comprometimento de toda função cardíaca a longo prazo.
👂É vital estudar mais esse tema e especialmente estudar novas estratégias terapêuticas que possam modular essa via e proteger o tecido cardíaco contra os efeitos prejudiciais da ferroptose.
9- Porque foram escolhidas as células chamadas cardiomiócitos H9c2 para realizar a pesquisa in vitro?
👉Essas células específica do coração foram escolhidas pois são um linha de células de ratos amplamente utilizadas em pesquisas na área da biologia vascular em estudos relacionados ao coração e são frequentemente usadas em modelo in vitro para estudar processos e mecanismos de doenças cardíacas.
👉As células H9c2 também são utilizadas em estudos para testar terapias potenciais e entender como ocorre a resposta do tecido cardíaco a diferentes estímulos, especialmente quando é necessário fazer um estudo mais controlado e replicável para se ter mais segurança dos resultados em humanos.
10- Porque o método da pesquisa foi induzir uma lesão de reperfusão sanguínea através de isquemia?
O termo mais correto e usado na literatura médica é "lesão de reperfusão por isquemia" ou "lesão de reperfusão após isquemia".
Essa lesão de reperfusão ocorre após uma isquemia cardíaca, quando é reduzido o volume de sangue que nutre o coração.
👉Quando o fluxo de sangue é interrompido por alguma causa e logo depois é restaurado, após o período de falta de circulação de sangue oxigenado, as células do coração ficam sem oxigênio e nutrientes e isso pode prejudicar e causar danos.
Nas cirurgias o fluxo sanguíneo é reintroduzido durante a reperfusão.
Reperfusão é a restauração do fluxo sanguíneo, após um período de falta de sangue.
👉Quando ocorre a reperfusão, que é a retomada do fluxo de sangue, o tecido pode sofrer ainda mais danos, ao invés de ocorrer uma recuperação imediata. O que os médicos chamam de lesão de reperfusão.
11- Por que ocorre essa lesão de reperfusão na retomada do fluxo sanguíneo após o infarto do miocárdio?
A lesão de reperfusão pode ocorrer devido a vários fatores, incluindo:
- a geração excessiva de espécies reativas de oxigênio (EROs)
- a inflamação resultante da reintrodução de oxigênio após um período de isquemia.
👀Essas EROs podem causar danos oxidativos às células e às estruturas celulares, levando a uma cascata de eventos que podem agravar o dano causado pela isquemia inicial.
12- Por que é tão importante entender como impedir a lesão no coração após a reperfusão de sangue?
Porque restaurar o fluxo de sangue é necessário para fazer funcionar o coração.
O coração sem sangue e nutrientes não pode sobreviver
👉A lesão de reperfusão pode ocorrer em qualquer pessoa, por isso é particularmente relevante em condições como infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e acidente vascular cerebral (AVC).
💥Durante esses eventos, a restauração do fluxo sanguíneo ao tecido afetado, embora seja essencial para a sobrevivência das células, pode desencadear processos patológicos adicionais que podem causar danos ainda maiores.💥✔
👉Compreender os mecanismos subjacentes à lesão de reperfusão é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento e prevenção que minimizem o dano causado por esse processo, melhorando assim o prognóstico dos pacientes.
13- Por que os pesquisadores resolveram testar o ozônio para combater a lesão de reperfusão do miocárdio?
💓No artigo publicado eles explicaram que o ozônio é um poderoso oxidante em altas concentrações, mas as baixas concentrações de ozônio podem proteger vários órgãos do estresse oxidativo.
💓Nessa pesquisa, eles utilizaram o ozônio em concentrações de 10 a 60 μg/ml.
💓Mas nos resultados da pesquisa eles verificaram que a viabilidade celular foi significativamente melhorada após o pré-tratamento de células onde o melhor efeito foi obtido na concentração de 20 μg/ml de concentração de ozônio.
14- Existem outras pesquisas que utilizam ozônio na proteção do coração contra lesões?
Eles relataram que já existem alguns estudos que demonstraram uma ligação entre o ozônio e a miocardio proteção, mas que o mecanismo ainda não está claro.
🔊Eles afirmaram no artigo que por meio dessa pesquisa eles conseguiram observar que o ozônio pode reduzir a lesão miocárdica e que os estudos posteriores a experiência eles ainda conseguiram observar que o ozônio é capaz de regular os níveis de expressão dessas proteínas relacionadas à ferroptose e que toda a pesquisa foi rastreada por bioinformática.🔊
15- Qual o resultado da pesquisa? O ozônio pode contribuir para evitar a ferroptose e a lesão cardíaca?
☝Eles explicaram que após verificar os resultados da pesquisa eles observaram que o ozônio inibiu a ferroptose e melhorou o estresse oxidativo e que ocorreu os efeitos protetores do ozônio.
✌Eles afirmaram na publicação do artigo que através dos resultados eles sugerem que o ozônio protege o miocárdio de danos e lesões provocados pela ferroptose , destacando o potencial do ozônio como uma nova terapia para doenças arterial coronariana.
16- Como eles realizaram este experimento para testar o efeito do ozônio na ferroptose?
👉Eles relataram que fizeram um pré-tratamento com ozônio, aplicando uma certa quantidade de gás no sistema circulatório, antes de induzirem a falta de suprimento sanguíneo.
👉Eles explicaram ainda que já existem outros estudos experimentais semelhantes que também mostraram que o pré-condicionamento com ozônio pode aumentar a capacidade do sistema antioxidante e reduzir o nível de estresse oxidativo no corpo, promovendo a expressão de proteínas antioxidantes e protegendo assim o tecido miocárdico dos danos causados pela isquemia e reperfusão
👉Mas no caso do efeito do ozônio na ferroptose miocárdica não está claro até o momento.
A ozonioterapia é uma terapia inovadora que utiliza uma mistura de ozônio e oxigênio para promover a saúde. Baseada no princípio ativo do oxigênio nascente, essa terapia tem a capacidade de eliminar bactérias, células doentes e auxiliar na restauração de tecidos. Obtido por meio de um aparelho específico, o ozônio é considerado um poderoso agente oxidante e germicida. Com aplicações variadas, a ozonioterapia é uma opção de tratamento para mais de 250 doenças, sendo uma alternativa menos invasiva e com custo relativamente baixo em comparação a outras técnicas médicas.
17- Conclusão
A confusão entre saber se o ozônio é potencialmente prejudicial ou benéfico a saúde pode surgir do fato da dose recomendada, pois já existem pesquisas que indicam que altas doses pode ser oxidante e prejudicial, mas existem outras pesquisas que afirmam que em baixas concentrações pode proteger os órgãos de danos ou lesões. ✔
É necessário haver mais estudos com ozônio e principalmente entender e divulgar os estudos que já existem, pois muitos pesquisadores que utilizam o ozônio, afirmam ser benéfico a saúde.
Pesquisadores científicos afirmam que ele tem potencial de auxiliar nos tratamentos de diversos tipos de problemas de saúde.
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